O que fazer em Gaborone – Botsuana

O que fazer em Gaborone - Botsuana

 

Em minha primeira viagem para a África resolvi cruzar a fronteira entre África do Sul e a Botsuana. Afinal de contas, o Brasil é um pouco longe do continente africano. Então me pareceu uma boa ideia cruzar a fronteira e ver se a Botsuana era parecida com a África do Sul ou não. E estou bem satisfeito com o resultado que vocês acompanham agora.

 

Tomando Nota

* Para brasileiros não é necessário tirar o Visto, sendo necessário passar pela alfândega e pegar o carimbo de entrada. Também é paga uma taxa de 25 Pulas (BTW) pelo carimbo no passaporte.

*MAS, se você tiver com passaporte de emergência, aí é obrigatório tirar o visto antes de ir.

Uma lista de países em que há necessidade de vistos para visitar a Botsuana pode ser obtida no site da embaixada:

http://www.gov.bw/en/Visitors/Topics/Before-You-Go/Before-You-Go1/

** É necessário apresentar o certificado internacional de vacinação contra febre amarela.

Agora que você já sabe entrar no país da Botsuana, já está com seu visto, certificado de vacinação, seu passaporte carimbado e já visitou o site da embaixada acima, vamos seguir viagem!

 

O que fazer em Gaborone ?

1- A primeira coisa a se fazer em Gaborone é sentir que você não está mais na África do Sul. É engraçado como houve uma mudança comportamental visível das pessoas dentro do ônibus. Uma nova atmosfera foi criada, isso marcava que estávamos em um novo país, bem diferente da África do Sul, com seus próprios costumes e cultura. Infelizmente é proibido tirar fotos da fronteira, então o jeito é se contentar com essas do ônibus.

2- Conhecer pelo menos dois cidadãos botsuaneses, ou botsuanos…

E por que isso está na lista do que fazer em Gaborone? Porque eu fiquei fascinado por eles!

A sua amabilidade e bom acolhimento ao turista e ao estrangeiro estão fora do comum. Eu tive uma aula prática de humanidade com eles. Algo parecido com a parábola do bom samaritano. No caso eu era o que estava necessitado. Em uma relação de países com melhor recepção (em que já estive, não mundial) Eu facilmente os colocaria em primeiro lugar empatados com outros países que também recebem muito bem o turista. Como os canadenses, cambojanos, brasileiros e agora também os botsuanos.

Até antes de chegarmos na fronteira as pessoas no ônibus tinham o comportamento de sempre. Quando são amigos, conversam no caminho, quando não se conhecem ficam quietas na delas. E após mais de 2 horas de fronteira, com direito a vistoria no ônibus com uma quantidade significativa de pessoas e um atraso que transformou nossa viagem de 7 horas para 9,5 horas conheci o primeiro casal Botsuano. Mompati e Kehiloe. (Espero ter acertado a grafia). Mompati foi o primeiro a puxar assunto. Disse que estava voltando para casa e queria saber o que um turista brasileiro estava indo fazer em Gaborone. E em qual estação eu iria descer do ônibus. Respondi que ainda não sabia muito bem o que iria fazer, E que desceria na estação final do ônibus na estação de Gaborone. Lá eu procuraria um wifi para acionar um Uber e chegar ao hotel.

Foi então aí que “a mágica” aconteceu. Ele viu que eu não sabia absolutamente NADA sobre o país e se dispôs a me ajudar.

Mompati me explicou que lá não funciona o Uber. E que eu precisaria do aplicativo local. Também me disse que no terminal não havia wi-fi. (logo eu não teria condições de chegar ao hotel de forma fácil).

Mas disse para eu não me preocupar, conversou com Kehiloe e ela se dispôs a ligar para o meu hotel o Terra Cotta View Guests House. Eles combinaram que eu desceria um ponto antes da estação final e que a equipe do hotel iria me buscar lá. Também explicaram que houve um atraso na fronteira e por isso eu ainda não havia chegado.

Mompati e Kehiloe acabavam de fazer mais que uma boa ação. Eles me salvaram de entrar em uma enrascada, pois eu estava sem sinal de celular, sem meios de chegar no hotel e sem “pulas” que é a moeda local. tudo que eu tinha era um celular com 10% de bateria e 5 “rands” na carteira, isso  somado ao fato de não saber o idioma local. E segundo eles ainda eu ainda  estava planejando descer no ponto mais perigoso de Gaborone (A estação de ônibus). E estava extremamente escuro. no caso de eu decidir ir a pé.

Antes de me entregarem para o pessoal do hotel Mompati ainda me deu uma dica: “Se você puder, coma um churrasco em Gaborone, com certeza você vai gostar”. Ele falou a minha língua, nada melhor que um churrasco né?!

Eu realmente só posso dizer que Deus agiu para me livrar do perigo e me acolher neste novo país que estava chegando.

3- ficar hospedado no Terra Cotta View Guest House

Então agora este turista brasileiro estava entregue aos cuidados da equipe do hotel.

E eles (Modiri e Maggie) aguardaram bastante viu?! Desde as primeiras ligações até a chegada do ônibus se passou um tempo considerável. Mas eles não desistiram do turista brasileiro de mala laranja. Sim, foi assim que me identifiquei para eles (With Orange bag). Aguardaram até que eu chegasse e me levaram para o hotel. Já era bem tarde quando chegamos e tudo que eu queria era tomar um banho e descansar um pouco.

4- Ir ao Riverwalk

O Riverwalk é um shopping center onde você pode resolver a sua vida antes de começar a explorar de fato a cidade. Você tem como sacar dinheiro (moeda local) uma casa de câmbio, caso você tenha Rands o suficiente da África do Sul e queira mudar para Pulas. Tem também lugar para comer, artesanato e uma loja para comprar o chip do celular, assim você pode ter sinal e voltar a se localizar.

Em Gaborone temos a galera do sim !

Estavam todos curiosos para saber o que eu iria fazer turisticamente falando. Eu esperava que tivesse um ônibus turístico que fizesse um pequeno tour pela cidade, tal como temos em Joanesburgo, Cape Town, Nova York… Infelizmente esse serviço ainda não existe em Gaborone. Então com o chip do Modiri instalado eu me pus a pesquisar. E foi a partir daí que saiu esse roteiro inteiro!

Modiri do hotel, organizou os lugares na ordem que faria um sentido para um roteiro. 

Maggie também ajudou muito solicitando pelo aplicativo local, similar ao Uber, um carro com o roteiro escolhido. E ela mesma dispensou este carro dando a solução de chamar alguém conhecido deles. Pois ela percebeu que o motorista estava um pouco enrolado com as coisas. Isso me deu a oportunidade de conhecer o Mofat. Mofat é o nome do cara que fez as vezes de guia turístico local. Ele e seu possante carro rosa salvaram o dia!

Pink Car

5- Vá ao museu Botusana (Botswana Museum)

O museu Botsuana em Gaborone nos traz uma série de detalhes que nos mostra como esse país é muito mais igualitário do que outros no mundo inteiro.

No museu é possível ver uma réplica do Kgotla. E o que é Kgotla? É um espaço público feito para reuniões e discussão de temas importantes. Neste lugar qualquer pessoa, independente de gênero, cor da pele, credo religioso, etc, poderia levar uma questão para ser votada pela população. Funcionava como um parlamento público, que ao invés de ter parlamentares, era o próprio povo quem votava. Desde a sua fundação como República a Botsuana já acreditava na democracia e que o povo tinha condições de votar por si mesmo. As mulheres já tinham direito a voz, assim como os homens, como também algumas delas foram eleitas como líderes do povo neste lugar. (governantes, ou como eles chamavam, Kgosi)!

No museu também temos  uma réplica do carro de boi, e de trens e casas da época.

6- Visitar o Three Dikgosi Monument no CBD.

A praça central do CBD, tem também muitas curiosidades sobre a Botsuana. Nela temos o monumento: “Three Dikgosi Monument” Que são basicamente os três líderes: Khama III Sebele I e Bathoen I que foram responsáveis pela demarcação do território do país. Cada um representava uma tribo diferente. Antes, eram povos separados e governavam como reis de uma tribo. Mas ao ver que havia um avanço do norte e do sul sobre as suas terras. Que estavam sobre o domínio inglês, e perceberem que a mentalidade da metrópole era mantê-los divididos para assim continuarem como colônia, tendo suas terras exploradas. Eles decidiram se juntar e ir até o Reino Unido, falar com a rainha e o chanceler para reivindicar a separação do território do que veio a se tornar o Zimbabué, e da companhia da África do Sul. O novo território era chamado de protetorado de Benchuanaland. Após terem separado e demarcado o direito sobre o seu território, contendo as ameaças que vinham de Zimbabué e da África do Sul. E depois, para se tornarem independentes do Reino Unido, eles abdicaram dos seu tronos e formaram a república da Botsuana. (em 1960).

Na praça também é possível ver outros líderes que ajudaram na formação e independência da Botsuana.

Boitshoko (Endurance)

Botshabelo (Refúgio)

Bogaka (Heroísmo)

Tshireletso (Proteção)

Maikarabelo (Responsabilidade Global)

Boipuso (Independência)

7- Botswana Craft

A Botswana Craft é um local onde se vende artesanato local, você pode encontrar diversos souvenires dos mais variados tamanhos, materiais e preços.

8- Almoçar no Linga Longa

Ouvindo a dica do churrasco, decidi provar uma carne feita como churrasco. E olha, valeu a pena! Pense em uma carne deliciosa e acompanhamentos bem feitos. A recomendação é para o Linga Longa.

9- Kgale Hill (Montanha)

A Kgale Hill é uma montanha de 1.287 metros de altura. Antigamente ficava a torre de TV em cima dela. Hoje é um ponto turístico para ter uma boa vista panorâmica da cidade. Kgale Hill significa: Gigante adormecido. Para subir exige um nível médio de escalada.

10- Gaborone Dam (Yatch Club)

E chegando ao final do nosso passeio por Gaborone temos o Yatch Club, onde fica a barragem de Gaborone. É usada para armazenar água e também é possível encontrar atividades de lazer para fazer. Mas ela é mais voltada para os habitantes da cidade, já que exige uma carteirinha de sócio para entrar. Felizmente conseguimos entrar, mas com a promessa que seria uma visita rápida. (Pois eu não tinha carteirinha de sócio). O suficiente para trazer algumas fotos.

Bom pessoal, e aqui terminamos a nossa lista de 10 coisas para fazer em Gaborone a capital da Botusuana. Quero mais uma vez agradecer a todos do Terra Cotta Guests House, (Modiri, Maggie, Refilwe) pois foi graças a vocês que consegui fazer este city tour E trazer tudo isso aqui para vocês que lêem. Muito Obrigado, de seu Amigo Brasileiro “Silva”.

Lembrando, o link para se hospedar no hotel é esse:

Terra Cotta View Guests House

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