É toda esta amabilidade e honestidade não vieram por acaso. Em um dos passeios turísticos que fiz por lá, o guia me falou que fazia mais de 70 anos que a Costa Rica abdicou de suas forças armadas, do seu exército e passou a investir toda essa verba em educação e saúde. O que aconteceu foi uma alavancagem do país e uma sensação de bem estar acima da média latino-americana. O pensamento foi bem racional de fato. O Governo gastava muito com a parte militar, sem que a Costa Rica tivesse em guerra de fato. Então por que não eliminar estes gastos e focar onde mais estavam precisando? (saúde e educação).
E foi assim que em 1948 a Costa Rica aboliu o seu exército para focar no que era mais importante para o seu povo.
Hoje, eles celebram essa decisão acertada e fazem uma festa nacional da abolição do exército. São mais de 70 anos e a educação e amabilidade pode-se dizer que é sentida em todo o território Costarriquenho.
A medida também trouxe uma estabilidade política. E um maior senso de comunidade. Durante minha estadia em 3 cidades diferentes, (Jaco, La Fortuna e San Jose) é possível ver um povo que sabe respeitar as leis sanitárias, é possível ver a preocupação deles em conseguirem se vacinar o quanto antes e também o apoio dado próximo aos postos de vacinação.
O Kiko (este do vídeo) me falou que eles estavam um pouco receosos pois a taxa de CONTAMINAÇÃO estava chegando a 2.000 por dia! Eu fiquei espantado! Porque no Brasil a nossa taxa de MORTALIDADE já havia ultrapassado os 2.000 por dia. Olha a diferença de pensamento dos ministros da saúde e da cultura dos países!
É, provou-se nessa pandemia que generais, coronéis e capitães são ineficazes numa guerra contra um inimigo comum, o vírus da COVID-19 e suas variantes.
Será se não estaria na hora do Brasil aprender um pouco mais com a Costa Rica e começar a abrir mão da estrutura do exército? De focar em saúde e educação?
Bom eu deixo aqui a reflexão, até pq depois daquele “desfile” de 7 de setembro de 2021, na praça dos três em Brasília, tudo que vimos foram tanques sucateados que soltavam mais fumaça do que andavam… algo triste de se ver. Quem sabe ir abrindo mão do exército, dos potes de leites condensados e das teorias da conspiração, não fizesse o Brasil parar de afundar e começar a sair do atoleiro?
Em um novo post falarei sobre os destinos, por agora só gostaria de registrar que temos um caso de sucesso, mas que não veio da noite para o dia, foram + de 70 anos, investindo continuamente em saúde e educação. E como dizem os costarriquenhos, eles chegaram no estado de “pura vida e con mucho gusto.”