2- Conhecer pelo menos dois cidadãos botsuaneses, ou botsuanos…
E por que isso está na lista do que fazer em Gaborone? Porque eu fiquei fascinado por eles!
A sua amabilidade e bom acolhimento ao turista e ao estrangeiro estão fora do comum. Eu tive uma aula prática de humanidade com eles. Algo parecido com a parábola do bom samaritano. No caso eu era o que estava necessitado. Em uma relação de países com melhor recepção (em que já estive, não mundial) Eu facilmente os colocaria em primeiro lugar empatados com outros países que também recebem muito bem o turista. Como os canadenses, cambojanos, brasileiros e agora também os botsuanos.
Até antes de chegarmos na fronteira as pessoas no ônibus tinham o comportamento de sempre. Quando são amigos, conversam no caminho, quando não se conhecem ficam quietas na delas. E após mais de 2 horas de fronteira, com direito a vistoria no ônibus com uma quantidade significativa de pessoas e um atraso que transformou nossa viagem de 7 horas para 9,5 horas conheci o primeiro casal Botsuano. Mompati e Kehiloe. (Espero ter acertado a grafia). Mompati foi o primeiro a puxar assunto. Disse que estava voltando para casa e queria saber o que um turista brasileiro estava indo fazer em Gaborone. E em qual estação eu iria descer do ônibus. Respondi que ainda não sabia muito bem o que iria fazer, E que desceria na estação final do ônibus na estação de Gaborone. Lá eu procuraria um wifi para acionar um Uber e chegar ao hotel.
Foi então aí que “a mágica” aconteceu. Ele viu que eu não sabia absolutamente NADA sobre o país e se dispôs a me ajudar.
Mompati me explicou que lá não funciona o Uber. E que eu precisaria do aplicativo local. Também me disse que no terminal não havia wi-fi. (logo eu não teria condições de chegar ao hotel de forma fácil).
Mas disse para eu não me preocupar, conversou com Kehiloe e ela se dispôs a ligar para o meu hotel o Terra Cotta View Guests House. Eles combinaram que eu desceria um ponto antes da estação final e que a equipe do hotel iria me buscar lá. Também explicaram que houve um atraso na fronteira e por isso eu ainda não havia chegado.
Mompati e Kehiloe acabavam de fazer mais que uma boa ação. Eles me salvaram de entrar em uma enrascada, pois eu estava sem sinal de celular, sem meios de chegar no hotel e sem “pulas” que é a moeda local. tudo que eu tinha era um celular com 10% de bateria e 5 “rands” na carteira, isso somado ao fato de não saber o idioma local. E segundo eles ainda eu ainda estava planejando descer no ponto mais perigoso de Gaborone (A estação de ônibus). E estava extremamente escuro. no caso de eu decidir ir a pé.
Antes de me entregarem para o pessoal do hotel Mompati ainda me deu uma dica: “Se você puder, coma um churrasco em Gaborone, com certeza você vai gostar”. Ele falou a minha língua, nada melhor que um churrasco né?!
Eu realmente só posso dizer que Deus agiu para me livrar do perigo e me acolher neste novo país que estava chegando.